Seminários na BIME 2025
2025
O Seminário tem sido um ponto de encontro entre investigadores do teatro de marionetas e os artistas que participam nas sessões de conversas e debates sobre temas agregadores da diversidade das formas e das linguagens da marioneta. Na edição deste ano estará em análise o período de mudanças dos anos da Revolução de Abril que deu à marioneta um novo fôlego, quer salvaguardando formas populares tradicionais como o Teatro Dom Roberto e Os Bonecos de Santo Aleixo, quer dando origem a projetos inovadores graças a um contexto sociopolítico de grande abertura cultural. Os passos que foram dados nos anos 1970-80 podem ser considerados como momentos refundadores da marioneta em Portugal hoje.
50 ANOS DE H(h)ISTÓRIA(S)
MUSEU NACIONAL FREI MANUEL DO CENÁCULO
Dia 4 de junho, 10H30 – 13H30
Sala da Cave
10H30
José Carlos Barros
Visita guiada da exposição “A Revolução das Marionetas | 1970-1980”
PAUSA PARA CAFÉ
11H30
Sara Henriques (Red Cloud)
O Teatro Dom Roberto e João Paulo Seara Cardoso
12H00
José Carlos Barros e Ildeberto Gama
As Marionetas de Lisboa (1985-1990)
12H30
Cristovão Oliveira (TEGA)
O teatro Dom Roberto e o Mestre Manuel Rosado
13H00
Orlando Garcia (CHAPITÔ)
Marionetas e Animação socio-cultural em Portugal nos anos pós-1974
MINIATURAS
UNIVERSIDADE DE ÉVORA / PALÁCIO DO VIMIOSO
Dia 6 de junho, 10H30 – 13H00
MESA-REDONDA
10H00
Rute Ribeiro e Luís Vieira (A Tarumba)
Dramas curtos em miniatura
11H00
Marcelo Lafontana (LFA)
Teatro Tuk-Tuk
12H00
Marionetistas convidados (a indicar)
Sobre 2025
BIENAL INTERNACIONAL DE MARIONETAS DE ÉVORA em 2025
Quando em 1987 realizámos a sua primeira edição não podíamos imaginar que as marionetas tivessem uma tão grande capacidade de fascínio e atração junto do público. Sabíamos que os Bonecos de Santo Aleixo eram uns excelentes anfitriões da festa porque sentimos, em muitos momentos, nas aldeias de onde são originários e em diferentes palcos no país e no estrangeiro, o carinho que lhes dedica o público e também outros marionetistas que fomos conhecendo nos festivais onde fomos participando. Agora, quando começamos a falar da próxima edição da BIME, quando na rua entregamos o calendário dos espectáculos, a ligação acontece de imediato, o que revela o grau de atenção e expectativa que existe relativamente a esta iniciativa que ocupa lugar de destaque no calendário cultural da cidade. Provavelmente, um dos fatores que contribui significativamente para isso é a circunstância de termos espectadores que começaram a vir à Bienal pela mão dos pais e que hoje já são eles a trazer os filhos ou os netos a ver os bonecos. São as práticas regulares e consequentes que garantem a fruição cultural, a salvaguarda do património e que contribuem decisivamente para a formação dos públicos.
A nossa cidade dispõe de qualidades absolutamente extraordinárias para acolher eventos desta natureza.
A BIME e o público
O público local implica-se generosamente no evento; da mesma forma, sabemos que a BIME promove a vinda de muita gente de fora que gosta de nos visitar nesta altura. Claro que a qualidade dos trabalhos apresentados garante muita dessa capacidade de atração, mas temos plena convicção que o lugar onde tudo isto acontece dá um enorme contributo para a Bienal ser o que é. A nossa cidade dispõe de qualidades absolutamente extraordinárias para acolher eventos desta natureza, desde logo porque tem uma dimensão que facilita e promove naturalmente as relações humanas entre os espectadores, entre os artistas e destes com o público, porque nos encontramos constantemente. Viver a BIME no seu dia-a-dia é uma caixa de surpresas, não só pelo que cada espectáculo apresenta, mas também porque, a todo o momento, podemos ser atraídos por um recanto, uma paisagem, um pôr-do-sol ou uma determinada luminosidade. Quem sabe, até por uma conversa no degrau de uma portada numa noite de lua cheia. Évora tem o seu próprio tempo e será também por isso que a BIME é um encontro muito gratificante.
Que a Casa dos Bonecos seja espaço para outras marionetas e relação do público com diversos aspetos da vida dos títeres.
Estamos a caminho da Capital Europeia da Cultura, momento maior, esperamos, da vida cultural da cidade e da região. Lutámos para conseguir esse reconhecimento e queremos que esta classificação cumpra os objetivos assumidos para que a cidade e a região, à semelhança do que aconteceu nas outras cidades vencedoras, possa dispor de novas condições para o seu desenvolvimento e ver reforçados os meios para cumprir os desígnios de um novo ciclo de vida neste Alentejo esquecido, que tem sido demasiadas vezes discriminado negativamente.
Da nossa parte, temos naturais espectativas quanto à criação da anunciada Casa dos Bonecos, espaço que desejamos que acolha em excelentes condições todo o espólio dos Bonecos de Santo Aleixo que recebemos de Mestre Talhinhas, mas também o muito que foi possível guardar ao longo dos últimos quarenta anos de trabalho. Esperamos que seja igualmente um espaço para receber outras marionetas e assegurar a relação do público com os mais diversos aspetos da vida dos títeres. Évora tem hoje uma forte relação com o universo das marionetas e estamos seguros que este novo projecto da cidade será um importante contributo para desenhar um Centro Europeu da Marioneta.
Este ano o CENDREV cumpre 50 anos de atividade. Foi aqui que começou a descentralização cultural logo a seguir à Revolução do 25 de Abril, pela iniciativa de Mário Barradas que desafiou uma mão bem cheia de homens e mulheres de teatro que vieram para Évora determinados em cumprir o serviço público de cultura e começaram logo por devolver à cidade, ao seu público, o extraordinário Teatro Garcia de Resende que era então o entreposto do lixo de toda a cidade. Entre muitas outras coisas boas que se fizeram, Mário Barradas juntou a si um pequeno grupo para ir a Santiago de Rio de Moinhos falar com Mestre Talhinhas, propor-lhe vender todo o espólio dos seus Bonecos e vir a Évora, as vezes que fosse necessário, ensinar os rapazes e raparigas que estudavam na Escola de Formação Teatral que tinha sido criada com a companhia.
Nesta BIME, que se enquadra nas celebrações dos 50 anos do CENDREV, parece-nos legítimo valorizar a liberdade conquistada, mas também o cuidado manifesto que permitiu salvar uma importante parcela do nosso património, bem como o empenho num processo que garantiu ter os Bonecos de Santo Aleixo vivos e ativos durante todos estes anos e estarmos agora a iniciar a 17ª edição da BIME- Bienal Internacional de Marionetas de Évora.
Obrigado a todos, e são muitos, os que tornaram possível mais esta Festa dos Bonecos.
PRA QUE VIVA!
INFORMAÇÕES 2025
2025
A programação pode ser alterada, em casos de força maior, e permanecer nos meios fixos.
Nesses casos haverá atualização da informação nos midia digitais.
BILHETES:
- Preço Normal: 8,00€
- PassaporTeatro: 5,00€
- Desconto 50%: 4,00€
Cartão Estudante
>65 anos | Reformados
Funcionários da C.M Évora
Crianças até 12 anos
Cartão PassaporTeatro
Estudante e Sénior | 3º Bilhete de oferta - Desconto família: (só no TGR)
2 adultos + 1 criança – 3,33€ (Total – 9,99€)
2 adultos + 2 criança – 3,00€ (Total – 12,00€)
2 adultos + 3 criança – 2,80€ (Total – 14,00€)
2 adultos + 4 criança – 2,66€ (Total – 15,96€)
BILHETEIRA:
Pontos de venda aderentes à BOL:
www.bol.pt/Projecto/PontosVenda
BILHETEIRA DO TEATRO GARCIA DE RESENDE:
De segunda a sexta das 9h00 às 12h30 / 14h00 às 17h30
Durante a BIME: todos os dias das 9h00 até hora do último espetáculo do dia.
Não se efetuam reservas.
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Normas dos espaços dos espetáculos
- A lotação é limitada a cada espaço.
- Não é permitido qualquer registo vídeo ou áudio durante o espetáculo, nem o uso do telemóvel ou outros equipamentos sonoros durante o espetáculo.
- No Salão Nobre do Teatro Garcia de Resende, os assistentes de sala encaminharão os espectadores para o seu lugar por ordem de chegada, cumprindo o espaçamento de uma cadeira entre espectadores, mesmo que co-habitantes, exceção feita aos camarotes onde, até três espectadores co-habitantes, poderão ficar juntos.
- Nos restantes espaços, o público é encaminhado para o seu lugar por ordem de chegada, cumprindo igualmente o espaçamento de uma cadeira entre espectadores, mesmo que co-habitantes.
Regulamento de Proteção de Dados
- Conforme o Regulamento Geral de Proteção de Dados, ao comprar o seu bilhete, o CENDREV poderá solicitar que forneça alguns dados.
Ficha técnica e artística
Organização
CENDREV – Centro Dramático de Évora
Parceria
Câmara Municipal de Évora
Estrutura financiada
Ministério da Cultura / Direção-Geral das Artes/ Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses
Câmara Municipal de Évora
Direção artística
Ana Meira e José Russo
Direção técnica
António Rebocho
Direção de produção
Patrícia Hortinhas
Direção financeira
Cláudia Silvano
Equipa CENDREV
Jorge Baião, Maria Marrafa, Ivo Luz, Rosário Gonzaga
Apoio à produção
Ana Duarte, Beatriz Sousa
Ilustração do cartaz
Bernardo Bagulho
Design Gráfico
Alexandra Mariano
Comunicação e assessoria de imprensa
Helena Estanislau
Fotografia e animação
Carolina Lecoq
Vídeo
Ínfimo Frame: José Coimbra, Tiago Guimarães
Websites e multimédia
Atalhos Objetivos, Lda: João Espanca Bacelar
Tradução
Helena Estanislau, Patrícia Hortinhas
Oficinas artísticas para o público escolar
Beatriz Sousa e Maria Marrafa
Equipa do Teatro Garcia de Resende
Ana Duarte, Carlos Mavioso, Margarida Mouro, António Rebocho, Sílvia Rosado, Tomás Catalão, Tomé Baixinho
Equipa técnica
Beatriz Sousa, Fabrísio Canifa, Victor Emil, Sol Mineiro (Estágio IEFP)
Impressão de materiais gráficos de grande formato
DAC – Publicidade
Bilheteira
Ana Duarte, Margarida Mouro
Distribuição
Vítor Fialho
Limpeza
Fernanda Rochinha
Exposição
Museu da Marioneta de Lisboa, CENDREV, Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo
Seminário
Organização: Christine Zurbach/ CHAIA UÉ
